Aceitamos (quase) todo o tipo de pagamentos.
  • NADA PELA NAÇÃO

NADA PELA NAÇÃO

26,00 €
IVA incluído.

NADA PELA NAÇÃO
Nuno Nunes-Ferreira

Documenta,2025
224 páginas (a cores)

textos: Adonay Bermúdez, António Pinto Ribeiro, Catherine Coleman, Hugo Dinis, Irene Flunser Pimentel, João Silvério, Raphael Fonseca, Rui Bebiano

 

[…] o trabalho artístico, visto como transformador e revelador de uma dada realidade, que utiliza um arquivo-morto como ferramenta, passa a ser uma memória-viva dessa mesma realidade que quer apresentar. Acrescentando que o arquivo do artista é sempre uma recolha seletiva, privilegiada e hierarquizada, porque ativamente procura documentos que lhe interessam, pode referir-se que existe sempre um ponto de vista fragmentado e engajado, e não totalitário nem sistémico. As obras de arte e o discurso artístico não fixam a história, mas têm um entendimento dinâmico que apresenta um movimento de memória geracional de ambas as direções: de pai para filho e vice-versa. Esta transmissão de sentimento e de conhecimento revela que a realidade é uma construção do presente e que a história, através de uma lente artística, não se congela no seu passado, mas encontra-se na capacidade de refletir publicamente sobre a sua visão íntima e pessoal.

[Hugo Dinis]

 

Utilizando a ironia e os duplos sentidos como veículos comunicativos, Nuno Nunes-Ferreira apresenta parte do arquivo pessoal com que trabalha há anos, um compêndio de documentos e objetos com os quais pretende enriquecer os pontos de vista de um determinado acontecimento histórico.

Nada pela Nação envolve uma confluência de elementos e indagações com as quais o artista defende que reconfigurar a história não significa mudar uma posição ou um lado por outro, mas sim interligar memórias, gerar questionamentos e preencher lacunas. Embora, na verdade, talvez o correto não seria falar em reconfiguração histórica, mas em maximização histórica, pois em geral se entende a adição, e não a subtração, de acontecimentos, pensamentos e sentimentos. Além disso, Nada pela Nação são gestos, símbolos, piscadelas, humor, linguagem, movimentos sociais, história e, sobretudo, memória, aquilo que enriquece e emancipa o cidadão.

[Adonay Bermúdez]