Cruz e Sousa
Cruz e Sousa
antologia organizada por Alexei Bueno
Editora Exclamação, 2021
9789895329618
1890, Rio de Janeiro. Alguns jovens literatos, sedentos do frisson baudelairiano, negavam-se ao congelado conformismo a que parecia ter acostado o rendilhado parnasiano. Porém, o que buscavam foi superado pela explosão da estreia fulminante de Cruz e Sousa, com Missal. Do ano dos Broquéis até à morte de Cruz e Sousa, em março de 1898, não passarão mais do que cinco anos, que mudam a face da literatura brasileira. Entretanto, acicatado pela inveja e os preconceitos rácicos – era negro este ser de escol –, Cruz e Sousa, morreria na miséria, sem chegar a perfazer os trinta e sete anos, num século em que o Brasil produziu mestiços de eleição (Lima Barreto e Machado de Assis) que depois quis branquear. Cruz e Sousa foi, com Novalis, Baudelaire, Antero de Quental, um dos grandes arautos da Noite.
antologia organizada por Alexei Bueno
Editora Exclamação, 2021
9789895329618
1890, Rio de Janeiro. Alguns jovens literatos, sedentos do frisson baudelairiano, negavam-se ao congelado conformismo a que parecia ter acostado o rendilhado parnasiano. Porém, o que buscavam foi superado pela explosão da estreia fulminante de Cruz e Sousa, com Missal. Do ano dos Broquéis até à morte de Cruz e Sousa, em março de 1898, não passarão mais do que cinco anos, que mudam a face da literatura brasileira. Entretanto, acicatado pela inveja e os preconceitos rácicos – era negro este ser de escol –, Cruz e Sousa, morreria na miséria, sem chegar a perfazer os trinta e sete anos, num século em que o Brasil produziu mestiços de eleição (Lima Barreto e Machado de Assis) que depois quis branquear. Cruz e Sousa foi, com Novalis, Baudelaire, Antero de Quental, um dos grandes arautos da Noite.