Apologia do Diabo (1795), brevíssimo ensaio descoberto e traduzido em Itália por Benedetto Croce em 1943, é não só uma pequena jóia esquecida da literatura filosófica mas, sobretudo, uma reflexão sobre a natureza e a questão do mal. Nela, o diabo – personificação da malvadez e «destruidor da liberdade alheia» – vê a sua conduta revelada em máximas que compõem um genuíno sistema da maldade, entre as quais «serve-te da moralidade dos outros como fraqueza para os teus fins» e «torna desditoso todo aquele que não quiser depender de ti». Em linhas que versam a imoralidade política, inspiradas nas categorias da filosofia kantiana, J. B. Erhard faz-nos compreender os diabos de carne e osso e os tiranos que pululam no mundo, bem como a repercussão dos seus actos perversos nas vontades alheias.
de J.B. Erhard TRADUÇÃO João Tiago Proença ILUSTRAÇÃO DA CAPA Miguel Carneiro 1.ª EDIÇÃO 2018 PÁGINAS 88 ISBN 978-972-608-334-4