Só a castidade é natural
POEMA (não tem título):
hodie mihi, cras tibi
não mais o Anho rubente
na muralha do teu pipi
berbequim ou mão dormente
com alguma quota de dano
desaba a flama sob o prazer
o basilisco desentope o cano
no exercício de torcer
do início ao fim da fila
ao invés de samovar e açucena
aproveito para coçar a pila
com uma pena
Douda Correria#116
Só a castidade é natural – Rui Nuno Vaz Tomé
(introdução de Nunes da Rocha/ capa e ilustrações de Rita António/ composição de Joana Pires)
Rui Nuno Gomes Leal Vaz Tomé a.k.a. o Mamute da Junqueira. Tem 1m82cm e 77 kg. Pai de filha e bom marido de boa mulher. Há quem diga que é o maior poeta português vivo, mas também há quem refute que é o maior cantor brasileiro morto. Nos tempos livres, fuma. Nos tempos ocupados, tenta deixar de fumar. Não tem grandes ambições literárias, mas tem mais três livros prontos. Talvez essa nova trilogia (“Como Não se Suicidar em 50 dias”; “Diário de um Otário”; e “Milho-Rei”) lhe possa, finalmente, proporcionar a tão ambicionada reforma.
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