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Rua de Portugal

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SKU: 9789723707366

Rua de Portugal
de Gastão Cruz

88 pp.
Assírio & Alvim, 2002
9789723707366

A memória é a matriz deste novo livro de poemas de Gastão Cruz, que se segue a "Crateras" (Prémio D. Dinis, da Casa de Mateus). O livro divide-se em quatro partes ("Retratos"; "Rua de Portugal e outros lugares"; "O vocábulo tempo" e "A norma da desordem"). A evocação da infância no Algarve, da praia, das alfarrobeiras. A memória dos lugares, como no poema que dá o título ao livro, "Rua de Portugal": "Já não existe a casa/ vinte o/ número/ da trémula muralha térrea/ defensora/ duma pátria começando/ quase sem luz/ no céu com o sentido que lhe davam/ sombras fixas/ Para lá do tecto indefinido a/ luz criava como/ uma onda/ a casa sobre o mar". O tempo, a morte, os que morreram ("Demasiados mortos para a/ minha memória").
"O título, que desde logo chama a atenção pela sua conotação, coroa um belo livro de poemas (...). Também um certo tom elegíaco, dantes mais contido, se liberta agora, deixando o poeta fluir uma espécie de observação melancólica do mundo que o faz regressar sobre as figuras da sua infância e adolescência, sobre a sua geografia de origem, como em Luiza Neto Jorge as ruas talhadas pelo sol caindo a pique do Algarve natal, para restituir sabores, cores, cheiros e memórias de grande densidade plástica e lírica: 'Com uma lente aumento/avidamente o tempo'"
Bernardo Pinto de Almeida, Os Meus Livros, Nov.02

"(estes poemas) afirmam o princípio de que tudo nasce na palavra, a vida é precisamente aquilo que se gera na palavra e permanece nela inseparável e íntima."
António Guerreiro, Expresso-Cartaz, 26/10/02

" 'Rua de Portugal' é, depois de 'Crateras', o segundo livro de um 'novo ciclo' da poesia de Gastão Cruz. Mais biográfico, mas sem perder o rigor e o apuro formal, intensamente elegíaco e com momentos de grande beleza."
Pedro Mexia, Dna, 9/11/02