(Re)descobrir Teresa Sousa. Gravura - 60 anos depois
(Re)descobrir Teresa Sousa. Gravura - 60 anos depois
Documenta, 2024
128 páginas (a cores)
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Sem dúvida aproximando-se das descobertas da representação das naturezas-mortas de índole cubista, de Picasso, Braque e Léger, além da poética do ente de Morandi, Teresa Sousa é perfeitamente actual na apropriação dos objectos no espaço e no domínio total das técnicas, e de tal modo actual que dentro dela também coube Amadeo de Souza-Cardoso e as suas naturezas-mortas, quando ninguém as pintava como ele.
[Cristina Azevedo Tavares]
A obra plástica de Teresa Sousa encontra um lugar próprio no modo como o seu curto, mas intenso, tempo de produção concentrou as encruzilhadas que moviam na data os desígnios da arte portuguesa. Num curto tempo evoluiu de uma estilização modernista, assumida na síntese e concisão dos traços e dos planos de cor, experimentou a abstracção, questão necessária à consciência vanguardista do tempo, mesmo que apenas tentada numa passagem de experiência plástica e actualização artística, e lançou-se ainda na abordagem de novas situações figurativas.
[Fernando Rosa Dias]
É importante assinalar também que, paralelamente à gravura, a grande actividade produtiva de Teresa Sousa tinha também forte expressão na pintura e no desenho, tal como em outras formas de expressão artística, tão diversas como, por exemplo, os projectos para tapeçarias […], ou para mosaicos e vitrais […], todos desenvolvidos pela jovem artista com muita sensibilidade e extraordinária criatividade.
[Joanna Latka]
Apresentação: Cristina Azevedo Tavares, Fernando Rosa Dias, Joanna Latka, João Carvalho, José Victor Carvalho