RAVING
RAVING
McKenzie Wark
tradução: Nuno Quintas
posfácio: Odete
Orfeu Negro, 2025
176 páginas
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Em RAVING, a rave é vício, necessidade, ritual, performance, catarse; uma experiência do sublime e da graça, mas também acto de resistência. Entre a autoficção e a autoteoria, McKenzie Wark, uma das mais inovadoras teóricas dos estudos culturais e dos média, traça um retrato íntimo e colectivo da cena rave trans e queer nova-iorquina. Numa época violenta, de espectáculo e exploração constantes, de precariedade, racismo e homofobia, a rave é «uma prática colaborativa que torna esta vida suportável». Um espaço de novas possibilidades sonoras e temporais, em ambientes transitórios e artificiais criados pelo trabalho conjunto de quem as promove, de quem faz DJ, de designers de luz e de todas as pessoas que tornam possível ensaiar uma arte da entrega e imersão na batida. Combinando prática e teoria, dança e dissociação, Wark imprime na página luzes, fumo, drogas, sexo, corpos fora da norma e música tecno, para identificar na matéria pulsante da rave uma estética e uma política: a de dançar entre as ruínas do capital em colapso.