Poeira Escura
Poeira Escura
Amadeu Baptista
«Para os lados do cemitério. Os mortos já nada roem.
Passam a noite de pé e esperam a manhã
Para poder lavar os olhos. Eu é as unhas que roo,
Seguramente assustado do que em fadiga reúno
Sobre os ombros cansados. Está o rato
Do campo a roer a humildade.»
Eufeme
Janeiro 2021