Pesa Um Boi na Minha Língua
Pesa Um Boi na Minha Língua
de José Emílio Nelson
Afrontamento, 2013
9789723612776
«Intensa é a acidez da linguagem de José Emílio-Nelson, a agressão vocabular e de propostas ergue-lhe os poemas numa vocação do ultraje, da denúncia, do nojo.»
Joaquim Manuel Magalhães
«O que agride nesta poesia é a extrema paixão da sensibilidade, nas notações do monstruoso quotidiano, sem os espelhos correctivos que tornam invisíveis as partes malditas do real. Toda a visão da fealdade é uma fidelidade da visão: quando o feio está invisível, encontra-se algures escondido atrás de uma aparência de beleza. […] Dar expressão a essas manchas dispersas pela banal insignificância das cenas quotidianas é a finalidade da «arte menor»: uma arte de tons dissonantes que faz subir e descer à terra as pequenas e as grandes coisas, fundindo-as dramaticamente no mesmo plano de meditação poética, tal como Espinosa fundiu o corpo e o espírito numa só realidade.»
Luís Adriano Carlos
«Retomando a linha analítica de Foucault, podemos dizer que a obra de Emílio-Nelson incide sobre os sedimentos mais profundos do humano numa arqueologia que se age num primeiro momento sobre o sensível e o carnal, por metonímia, metalepse, contiguidade, transita igualmente ao território da alma e do espírito.»
Fernando de Castro Branco
«Esta poesia é fascinante porque não é arbitrária e derramada, como acontece com outros autores abjeccionistas: é uma poesia precisa, exacta, construída linha a linha e com camadas de sentido que exigem decididamente uma close reading.»
Pedro Mexia
de José Emílio Nelson
Afrontamento, 2013
9789723612776
«Intensa é a acidez da linguagem de José Emílio-Nelson, a agressão vocabular e de propostas ergue-lhe os poemas numa vocação do ultraje, da denúncia, do nojo.»
Joaquim Manuel Magalhães
«O que agride nesta poesia é a extrema paixão da sensibilidade, nas notações do monstruoso quotidiano, sem os espelhos correctivos que tornam invisíveis as partes malditas do real. Toda a visão da fealdade é uma fidelidade da visão: quando o feio está invisível, encontra-se algures escondido atrás de uma aparência de beleza. […] Dar expressão a essas manchas dispersas pela banal insignificância das cenas quotidianas é a finalidade da «arte menor»: uma arte de tons dissonantes que faz subir e descer à terra as pequenas e as grandes coisas, fundindo-as dramaticamente no mesmo plano de meditação poética, tal como Espinosa fundiu o corpo e o espírito numa só realidade.»
Luís Adriano Carlos
«Retomando a linha analítica de Foucault, podemos dizer que a obra de Emílio-Nelson incide sobre os sedimentos mais profundos do humano numa arqueologia que se age num primeiro momento sobre o sensível e o carnal, por metonímia, metalepse, contiguidade, transita igualmente ao território da alma e do espírito.»
Fernando de Castro Branco
«Esta poesia é fascinante porque não é arbitrária e derramada, como acontece com outros autores abjeccionistas: é uma poesia precisa, exacta, construída linha a linha e com camadas de sentido que exigem decididamente uma close reading.»
Pedro Mexia