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  • O ABSOLUTO QUE PERTENCE À TERRA

O ABSOLUTO QUE PERTENCE À TERRA

14,00 €  
IVA incluído

O ABSOLUTO QUE PERTENCE À TERRA
Maria Filomena Molder

 

Fotografia na capa de Jorge Molder da série Zerlina, uma narrativa, 1989.
Revisão: Mariana Pinto dos Santos
Design e paginação: Rui Miguel Ribeiro

 

[Originalmente publicado no ano de 2005 pelas Edições Vendaval]
Edição revista e melhorada.
128pp.

Edições do Saguão, Setembro de 2020

 «Estará a arte à altura desta desfiguração? Poderá a arte trazer à expressão o tempo de todos os horrores, num tempo em que não há uma imagem do mundo que não se dissipe e não seja desmembrada?
Estas perguntas depõem-nos de imediato no coração do litígio entre a arte e a vida. A dificuldade em distinguir a arte da vida é apresentada como uma objecção contra a arte ou um lamento sobre a decadência da arte ou mesmo um ataque contra a arte. Mas a dificuldade simétrica também é pesada de consequências, a dificuldade de fazer a passagem em relação à vida a partir da arte. Podemos enunciá-las a ambas sob forma interrogativa: o que é que isto tem a ver com a vida ou com a arte, e o que é que a arte faz à vida? O que está aqui à vista é o paradoxo próprio daquela actividade, daquele sistema de valores, que procura por si própria figurar o drama humano, purificando-o, profetizando acerca dele, aprofundando as suas tensões próprias, golpeando o seu próprio vulto com elas, por isso a arte fixa ela própria as suas leis e não pode deixar de, simultaneamente, se opor a elas.»