No Precipício Era o Verbo
No Precipício Era o Verbo
António de Castro Caeiro. André gago, José Anjos e Carlos Barretto
Começa com um coração aberto, envelhecido pela sede. Depois o som de uma língua lambendo a pele seca por trás do crânio. Só luxúria e mística. Subitamente, a leveza inteira do som na ponta dos dedos que empurram o vento de verão. Dentro da casa de noite, a lua ergue um caracol como um morcego que paira sobre a cidade respirando os sons da sua melancolia e dos seus amores impossíveis. Até que o corpo cai na sua própria respiração como se fosse um poema ouvido em língua estrangeira.
(CD + poster)
Voz: António de Castro Caeiro, André Gago, José Anjos
Autoria: António de Castro Caeiro, André Gago, José Anjos, com exepção de Gnomon e XII Pítica para Midas de Agrigento, de Píndaro, O tempo aprazado, de Ingbor Bachman, e Gnosis, de Sammuel C. Dayton.
Composição e interpretação musical: Carlos Barretto (contrabaixo), José Anjos (percurssão).
Gravado nos estúdios Namouche por Joaquim Monte.
Produzido por No precipício era o verbo.
Design: Dulce Cruz. Com tipografia Filson Pro
Ilustrações: André da Loba