«Este romance foi publicado como folhetim, no Jornal Público, escrito ao longo dum ano, um capítulo por dia, desde o dia 25 de Abril de 2023 até ao dia 25 de Abril de 2024, data da celebração dos 50 anos da Revolução dos Cravos, que derrubou a mais longa ditadura europeia do séc. XX. O romance tem um arco temporal de meio século, mas distribuído em espelho: vinte e cinco anos antes do 25 de Abril e vinte e cinco anos depois, mostrando as diferenças sociais e políticas da vida em ditadura e da vida em democracia. A narrativa começa por acompanhar a infância duma menina de seis anos, abandonada pelo pai num asilo para crianças desvalidas — como se dizia então —, gerido por religiosas. Nesse espaço, as meninas aprendiam uma série de tarefas que lhes permitiria depois virem a ser criadas de servir. Mas nem sempre se concretiza aquilo que parece ser destino inelutável.»