Saudado pela crítica como um passeio (im)pertinente e inconformista pelo século passado, Europeana (2001) tem por propósito dar-nos uma amostra da invariável estupidez humana ao longo de cem anos. Tempo de panaceias universais, de alianças entre a tecnologia e o mal e de histeria colectiva, o século XX de Europeana, à luz das estatísticas de um narrador frenético, converte-se num negro burlesco, numa grotesca enumeração de tirar o fôlego, em que coexistem a revolução bolchevique, barbies e a cientologia. No fim, fica a pergunta: terá este bárbaro século realmente terminado? Na senda de Bouvard e Pécuchet, de Flaubert, da falsa ingenuidade de Cândido, de Voltaire, e num estilo à Kurt Vonnegut, Europeana realça a vacuidade dos lugares-comuns e dos estereótipos e o autoritarismo dos discursos do saber, para melhor os combater.
TÍTULO ORIGINAL Europeana TRADUÇÃO Lumir Nahodil ILUSTRAÇÃO DE CAPA E CONTRACAPA Luís Henriques 1.ª EDIÇÃO 2017 PÁGINAS 144 ISBN 9789726083115 Antígona