Aqui se encontram, apenas, alguns dos meus poemas que, tendo sido editados em antologias e publicações periódicas, nunca integraram livros em nome próprio. A escolha é minha. Ser feita por outra pessoa incomodar-me-ia, não pelo que fosse excluído mas pelo que pudesse ser incluído contra minha vontade. Como será fácil constatar, trata-se de um conjunto sem qualquer pretensão de coerência formal ou outra (a não ser a que decorre de ter sido escrito por uma só pessoa – se é que somos sempre a mesma pessoa, ao longo dos anos ou, sequer, ao longo de um dia). De um formalismo démodé à escrita chamada automática, há de tudo um pouco neste ”albergue espanhol”. A ordem é a da publicação; desconheço a da escrita. Miguel Martins, em Nota