DO BELO, DO JUSTO E DO VERDADEIRO (e do) ÓDIO À CIVILIZAÇÃO MODERNA
DO BELO, DO JUSTO E DO VERDADEIRO (e do) ÓDIO À CIVILIZAÇÃO MODERNA
William Morris
selecção, tradução e notas: Júlio do Carmo Gomes
posfácio: E.P. Thompson
desenho original da capa: Salomé Marek Gomes
design: Ana Farias
Cornuda Radiante, Agosto de 2025
180 páginas
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William Morris (1834-1896) «foi um revolucionário sem Revolução; mais do que isso, sabia que não vivia num contexto revolucionário. Ao contrário de Cromwell, a Revolução não lhe caiu no colo; nem muito menos construiu, como Lenine, um partido empenhado, no seio de uma sociedade cujo potencial revolucionário era evidente. Aos olhos dos seus oponentes, não passava do exemplo acabado do socialista agitador de consciências ou, como hoje se diz, do intelectual desajustado. Quis incitar à revolta onde ela estava ausente. Quis tornar os conformados em homens inconformados, e os homens insatisfeitos em agitadores do descontentamento. ‘Se estou aqui esta noite é para incitá-los a não se contentarem com pouco’». (E.P. Thompson, posfácio).
Para as novas gerações, com o passar do tempo e a acumulação de ruínas a céu aberto do necro-museu do capitaloceno, os ensaios políticos de William Morris, compilados nesta edição da Cornuda Radiante, não perderam nem a sua acuidade crítica, nem a sua força política, nem a luminosidade íntegra de quem sonha e se empenha em revolucionar a vida.