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Crematório

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Crematório
Rafael Chirbes
Minotauro, 2009

A morte de Matías Bartomeu, um ideólogo romântico que trocou a revolução pela agricultura biológica, é o epicentro do romance, em torno do qual surge um fresco de personagens surpreendente que ao recordarem a sua relação com o morto, revelam também a sua vida.
Através de Rubén, assistimos à reconstrução da história individual das várias personagens, numa narrativa que as entretece com o pesadelo urbanístico da costa levantina espanhola. Pela caracterização das personagens, o autor traça-nos um quadro tão deslumbrante como terrível: a família como forma de exercício dos valores da propriedade, a especulação imobiliária, o dinheiro e os negócios sujos, o tráfico de capitais, a droga e o sexo, moedas de troca e tábua de salvação, a corrupção que mina toda uma sociedade.
Com a descrição da destruição da paisagem, apresenta-nos uma metáfora; a perversão humana e a sua influência corruptora, seja da paisagem seja do carácter.

RAFAEL CHIRBES nasceu em Tabernes (Valência), em 1949. Depois de acabar os seus estudos superiores em História Moderna, em Madrid, começou a fazer crítica literária e de cinema; a par desta actividade, fez algumas reportagens para vários jornais. Durante alguns anos viveu em França, em Paris, e depois em Marrocos. O seu primeiro romance, Mimoun, foi finalista do prestigiado Prémio Herralde, e com La Larga Marcha (1996) obteve na Alemanha - onde é considerado autor de culto - o Prémio SWR Bestenliste. Este romance foi o primeiro de uma trilogia que retrata a sociedade espanhola do pós-guerra até à transição para a democracia; La caída de Madrid (2000) e Los viejos amigos (2003) completam a trilogia. Crematório, um retrato ácido da especulação imobiliária, foi galardoado com o Prémio Nacional de la Crítica. Para além do seu trabalho de escritor, Rafael Chirbes escreve reportagens de viagens para uma revista gourmet. Vive entre Valência e Alicante.