Colonialismo. Entre a psicanálise e a arte Sandra Roberto (org.)
prefácio de Isildinha Baptista Nogueira
Freud & Companhia, 2025
978-989-35223-6-3 348 páginas
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O colonialismo precisa de ser inscrito na memória colectiva da história da humanidade, para que possa ser elaborado e não repetido intra, inter e transgeracionalmente. O trabalho árduo e moroso dessa inscrição cabe a todos e a todas as áreas do conhecimento. É este trabalho que permite a saída da denegação, manifesta no profundo silenciamento em que esteve mergulhado este assunto, ao longo dos tempos. Este livro apresenta-se como uma das vozes que emerge do silêncio através do diálogo entre países colonizadores e colonizados que intersecciona a relação entre a psicanálise e a arte. Ao longo dos capítulos é possível encontrar os contributos de psicanalistas e artistas de Portugal, Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe, Brasil, Peru e Argentina trazendo assim a miscigenação de perspectivas, que se une através do reconhecimento e da compreensão das dinâmicas de discriminação e racismo, que conduziram à desumanização dos povos colonizados por todo o mundo.