«É uma escrita que está do lado do informe, da agressão contra a língua materna (o português), do delírio (atenção: não projectar sobre o autor qualquer estado clínico), traçando direcções móveis, numa sintaxe que desconhece a linha recta. (...) Os romances de AVN não instalam o leitor em nenhum território conhecido, o autor não escreve “sobre” nem escreve “com”. E a geografia física e mental dos seus romances é um “fora”, não radica em nenhum solo nacional. Olhando do observatório radical para onde ela nos solicita, vemos com nitidez, à volta, os vultos coloridos da pós-literatura e os seus jogos florais.»
António Guerreiro
«Aqui detectamos uma escrita que já «pulverizou» essas estratégias do falso/farsa para se situar organicamente nos universos «pulverizados» que enuncia e minuciosamente descreve a partir da enunciação que denominarei, com alguma ousadia, pós-hiper-realista.»
Levi Condinho
BESLOTEN HOFJES – SEHNSUCHT – DESFOCADA (ficção) Alberto Velho Nogueira