As Mil e Uma Noites - Histórias Apócrifas
As Mil e Uma Noites - Histórias Apócrifas
de Antoine Galland e Hanna Diab
E-Primatur, 2023
9789899130166
tradução do francês: Martim Velho Sotto Mayor
introdução: Hugo Maia
Antoine Galland, o primeiro tradutor europeu de As Mil e Uma Noites, acrescentou à tradução do manuscrito em sua posse várias histórias. Muitas destas histórias foram retiradas de outras recolhas árabes de contos e lendas. Nos últimos três volumes dos 12 que a edição original de Galland contemplou, há, contudo, várias narrativas para as quais não existem registos em mais nenhuma fonte antiga de recolha de literatura oral árabe.- Estas histórias apócrifas ou «órfãs», como as designam os especialistas, terão sido contadas a Galland por um mercador sírio que viajara para França com Paul Lucas, o aventureiro e real caçador de tesouros exóticos do rei francês. Ao mercador, Hanna Diab de seu nome, que falava francês, fora prometido que seria o director da colecção de manuscritos árabes da Biblioteca do Rei; contudo, acabou simplesmente por ser apresentado na corte como uma «curiosidade» exótica ao lado de um animal raro capturado na Tunísia.- Sabe-se que Antoine Galland nunca fez propriamente uma tradução do manuscrito árabe em sua posse, mas sim uma adaptação muito livre, que procurou adequar o texto ao gosto e à moralidade da França de então. Acabou por conseguir o seu propósito, tornando o texto um dos mais famosos do imaginário universal. E desse imaginário fazem parte histórias como as de Ali Babá e os Quarenta Ladrões ou Aladino e a Lâmpada Mágica, para as quais não há fontes árabes; pelo contrário: nas versões árabes de As Mil e Uma Noites posteriores à edição de Galland, aparecem pela primeira vez traduzidas muito provavelmente a partir do francês.
de Antoine Galland e Hanna Diab
E-Primatur, 2023
9789899130166
tradução do francês: Martim Velho Sotto Mayor
introdução: Hugo Maia
Antoine Galland, o primeiro tradutor europeu de As Mil e Uma Noites, acrescentou à tradução do manuscrito em sua posse várias histórias. Muitas destas histórias foram retiradas de outras recolhas árabes de contos e lendas. Nos últimos três volumes dos 12 que a edição original de Galland contemplou, há, contudo, várias narrativas para as quais não existem registos em mais nenhuma fonte antiga de recolha de literatura oral árabe.- Estas histórias apócrifas ou «órfãs», como as designam os especialistas, terão sido contadas a Galland por um mercador sírio que viajara para França com Paul Lucas, o aventureiro e real caçador de tesouros exóticos do rei francês. Ao mercador, Hanna Diab de seu nome, que falava francês, fora prometido que seria o director da colecção de manuscritos árabes da Biblioteca do Rei; contudo, acabou simplesmente por ser apresentado na corte como uma «curiosidade» exótica ao lado de um animal raro capturado na Tunísia.- Sabe-se que Antoine Galland nunca fez propriamente uma tradução do manuscrito árabe em sua posse, mas sim uma adaptação muito livre, que procurou adequar o texto ao gosto e à moralidade da França de então. Acabou por conseguir o seu propósito, tornando o texto um dos mais famosos do imaginário universal. E desse imaginário fazem parte histórias como as de Ali Babá e os Quarenta Ladrões ou Aladino e a Lâmpada Mágica, para as quais não há fontes árabes; pelo contrário: nas versões árabes de As Mil e Uma Noites posteriores à edição de Galland, aparecem pela primeira vez traduzidas muito provavelmente a partir do francês.