Faces de Eva n.º 47
Faces de Eva n.º 47
de Isabel Henriques de Jesus, Helena Pereira de Melo
220 pp.
Húmus, 2022
9770874688475
A capa do número 47 da Faces de Eva é dedicada a Virgínia Quaresma, mulher de causas e de empenhamentos vários, desde o feminismo ao pacifismo, do jornalismo à publicidade, vividos com maior ou menor intensidade ao longo da sua vida e bem fundamentados num dos “Estudos” e nas duas “Homenagens” que publicamos e a cuja leitura convidamos.
Se definíssemos um eixo temporal, onde localizar algumas das apreciações/teorizações sobre a sexualidade difundidas nesta edição da revista Faces de Eva, encontraríamos, em primeiro lugar, as questões colocadas pelas feministas portuguesas do princípio do século XX. Na sua agenda feminista, a prostituição encontrava-se entre os assuntos em debate, ainda que se apresentasse como “exterior” a quem o nomeava. Mais tarde, por altura da Revolução dos Cravos, o direito à contracepção e ao aborto fazia parte das reivindicações das mulheres, a actividade sexual e a reprodução já não se sobrepunham, e clamava-se pela coragem de quem, anos antes, em França, assinara o Manifesto das 343 (1971). A abertura a orientações sexuais não normativas e a consciência dos interditos que lhes estavam (estão) associados iam fazendo o seu caminho e viriam a possibilitar, anos depois, a descriminalização da homossexualidade.
Da Nota de Abertura
de Isabel Henriques de Jesus, Helena Pereira de Melo
220 pp.
Húmus, 2022
9770874688475
A capa do número 47 da Faces de Eva é dedicada a Virgínia Quaresma, mulher de causas e de empenhamentos vários, desde o feminismo ao pacifismo, do jornalismo à publicidade, vividos com maior ou menor intensidade ao longo da sua vida e bem fundamentados num dos “Estudos” e nas duas “Homenagens” que publicamos e a cuja leitura convidamos.
Se definíssemos um eixo temporal, onde localizar algumas das apreciações/teorizações sobre a sexualidade difundidas nesta edição da revista Faces de Eva, encontraríamos, em primeiro lugar, as questões colocadas pelas feministas portuguesas do princípio do século XX. Na sua agenda feminista, a prostituição encontrava-se entre os assuntos em debate, ainda que se apresentasse como “exterior” a quem o nomeava. Mais tarde, por altura da Revolução dos Cravos, o direito à contracepção e ao aborto fazia parte das reivindicações das mulheres, a actividade sexual e a reprodução já não se sobrepunham, e clamava-se pela coragem de quem, anos antes, em França, assinara o Manifesto das 343 (1971). A abertura a orientações sexuais não normativas e a consciência dos interditos que lhes estavam (estão) associados iam fazendo o seu caminho e viriam a possibilitar, anos depois, a descriminalização da homossexualidade.
Da Nota de Abertura